Countdown

Monday, April 19, 2010

Conhecidos e Desconhecidos

Este fim de semana vi-me, pela primeira vez em algum tempo, numa situação em que não conhecia a maior parte das pessoas presentes. Vulgarmente conhecido por "festa de aniversário". Foi uma tarde/noite bem passada e deu para perceber que ainda me sinto em casa no meio de pessoas que nunca vi ou com quem nunca falei, desde que haja uma base comum qualquer para conversa. E felizmente sinto-me à vontade em temas ou em experiências de vida suficientes para me integrar relativamente bem.

Fez-me também ver, no entanto, a preciosidade que é conseguir manter uma relação de amizade com alguém durante um periodo de tempo considerável. A não ser que essa pessoa seja realmente especial, a tendência é para que ao final de algum tempo se tropece em alguma desilusão e a amizade comece a esticar até as coisas se resolverem ou até estalar e partir.

Dá para dar mais valor aos grandes amigos que tenho. Às vezes preciso de ser lembrado disso.

Friday, April 9, 2010

...



So... where to now?

Thursday, April 8, 2010

Post diferente

Hoje é dia de post materialista!

Nos últimos dias fiz duas aquisições. O layout material do meu quarto está a mudar, com a venda de um par de guitarras e de mais material que está parado e que podia render uns tostões à medida que me preparo para viajar.

No sentido inverso (o sentido que doi mais na carteira) veio um blackberry para substituir o meu velho 6630 que depois de vários anos finalmente deu o berro e deixou de carregar a bateria. Para já tenho a dizer que estou fascinado. Finalmente um smartphone a sério, ainda para mais agora que bloquearam facebooks e afins no trabalho. Posso continuar a combinar as horas pós-laborais como fazia e agora sem ter que consultar vários sites diferentes. Além de poder resolver no minuto aquelas apostas estúpidas que fazemos no bar sobre trivias completamente inúteis.

E ontem chegou a minha Polaroid. Não, não uma das câmaras antigas. Eu matava para poder arranjar uma dessas, se conseguisse encontrar um caixote grande com filme para ela. É a Pogo, ou seja, a impressora portátil que se liga à máquina fotográfica para imprimir em 1 minuto uma foto, num formato pequeno e autocolante. Vai ser perfeita para poder documentar bem o tempo que estarei fora :)

Bem... e assim cedi ao meu lado materialista para levantar o meu espírito. Também tenho destas coisas.

Wednesday, April 7, 2010

E lentamente os dias vão ficando maiores. Estão temperaturas melhores, dias de sol e já dá para ir passear ou correr ao Paredão de Cascais, escalar aos sábados de manhã e sair para o Bairro mais à vontade nos dias que restam em que não é preciso ir trabalhar na manhã seguinte.

O dia de hoje está a correr bem. Pode ser um sinal que vem aí uma reviravolta. Ou que ela já chegou. Vamos lá a aproveitar isto, digo eu para mim. Cá me deixarei ir na onda, pois por agora é a única maneira que sei de avançar :)

Saturday, April 3, 2010

Ontem comecei a sentir que estou há tempo demais em Cascais. Ainda não tinha sentido os efeitos de "deixar de viver sozinho", mas realmente começo agora a ver que é um problema real. Não percebo muito bem o que aconteceu aqui. Era suposto estar rodeado de um punhado de gente que se dá bem e em poucos meses apenas tudo isso se desvaneceu.

Será que sou eu que na realidade era a pessoa que fazia a ligação? Aquela que pegava no telefone e combinava as coisas? E que agora, com este apagar da minha capacidade de iniciativa, simplesmente deixou de se combinar o que quer que fosse? Eu tenho a impressão que não. Isto porque toda a gente continua a ter as suas vidas, as suas combinações.

É nestas alturas que começo a meter em perspectiva algumas coisas. O que são realmente os "amigos", os verdadeiros mesmo? Não acho que sejam sequer aqueles que estão "à distância de um telefonema". Esses são os das emergências. Os verdadeiros amigos serão aqueles que sentem a nossa falta. Que por não ouvirem notícias durante um dia ou dois reparam que há alguma coisa fora do normal e pegam no telefone para saber de nós. E que se notarem que o telefone está desligado há tempo demais ficam mesmo preocupados e não param de nos procurar até fisicamente nos porem a vista em cima e certificarem-se que estamos vivos e que recebemos a ajuda que precisamos.

Na onda das frases dos pacotes de açúcar da Nicola, digo "Um dia vou desligar os telefones e cortar a ligação à Internet". Só não digo que hoje é o dia. Quando decidir que consigo distinguir entre "sentir-me sozinho" e "sentir-me abandonado" faço uma coisa dessas. Aproveito para meter a leitura em dia, tocar muita guitarra e escrever o que me vai na alma, mas em papel mesmo.

Thursday, April 1, 2010

6

Descobri (ou reparei, melhor dizendo) que começa hoje o 6º mês desde que decidi sair de Portugal. Nunca pensei que custasse tanto. Os entraves para se tentar a sorte em qualquer outro lado parece que se vão empilhando uns em cima dos outros. Está tudo virado do avesso.

E no entanto as coisas até são claras. Eu é que não as quero ver. À minha volta apontam-me várias direcções diferentes e eu fico sem saber qual delas hei-de seguir. Isto assim custa, mas aos poucos vai lá.

Mas primeiro vou é sair do buraco onde estou enfiado. Preciso de outros ares, nem que seja de Lisboa durante uns tempos.