Londres!

E cá estou eu em Londres. É uma nova etapa importante. Veremos como isto corre. Para já, estou satisfeito comigo mesmo nem que seja só por ter alcançado este objectivo.

Amanhã é dia de colocar novos objectivos a mim mesmo, de traçar os próximos passos.

E de forma a poder continuar este blog com os desabafos e outros pensamentos que me ocorram, criei um novo blog onde farei o relato de algumas das coisas que for vivendo aqui.

Fica então a morada para o novo blog. Coloquem-se lá como followers e receberão emails a avisar quando houver episódios novos!

Quase

Faltam 10 dias, 15 horas e poucos minutos.

Esta noite vai ser complicado de dormir. Amanhã é o último dia de trabalho. Independentemente de como o know how fica passado de mãos, deixa de ser o meu problema.

As despedidas estão a ser feitas, aos poucos. Aproveito o pretexto não só para passar umas noites de paródia com os amigos mas também para rever pessoas do meu passado, que em tempos significaram muito e que hoje em dia, por força das circunstâncias, são apenas memórias.

Desejem-me sorte. E quando derem um salto à minha cidade preferida da Europa, digam qualquer coisa para irmos bater uns pubs e virar umas pints, portuguese style.

Um mês

Olho para a contagem decrescente e vejo que faltam precisamente 31 dias. Só mais um mês. A minha cara ilumina-se com o sorriso de quem finalmente vai viver uma nova aventura. Não me importa que esteja com alguns meses de atraso em relação ao que eu inicialmente queria. As coisas aconteceram como aconteceram e tinha que ser assim. Não havia outra forma.

Esta semana vou resolver o alojamento. Daqui a 15 dias volto à carga a enviar CVs para todo o lado, mas desta vez com a certeza de dizer que estarei disponível para uma entrevista a partir de 1 de Setembro.

Na minha cabeça só há uma certeza ainda. Não quero voltar para Portugal nos próximos anos. Se não correr bem, há muitos outros sítios com boas oportunidades. Mas eu sei que vai correr bem.

As minhas worldly possessions estão vendidas, outras serão encaixotadas. As minhas preocupações estão resolvidas e ultrapassadas. Está tudo pronto. Só falta o relógio andar mais depressa.



E apesar do mood "eufórico" (não é bem isso, mas para se adequar ao nome do blog), fica a letra da música que tem mais play counts no meu iTunes desde o início de Julho.

Is she ready to know my frustration?
What she slippin' inside, slow castration
I'm a riddle so strong, you can't break me
Did she come here to try, try to take me

Was it something I said, held against me?
Ain't no life on the run, slowly climbing
Caught in ice so she stares, stares at nothing
I can help her but won't, now she hates me

She won't let me hide
She don't want me to cry

Will she keep on the ground, trying to ground me
Slowly forgive my lie, lying to save me
Could she love me again, or will she hate me
Prob'ly not, I know why, can't explain me

Did she call my name?
I think it's gonna rain
Oh, when I die

Facebook

Sempre li os artigos que se opunham às redes sociais informáticas com algum cepticismo. Acho que acabava de ler um e pensava que o autor do artigo tinha "missed the point". As redes sociais tinham a coisa excelente de poder manter conversas e contactos com amigos e/ou conhecidos de vários pontos diferentes. Era fabuloso. Era indiferente onde quer que estivesse, que era como se estivéssemos mesmo ali ao lado.

Depois apareceu a expressão "Internet is serious business". E eu não lhe liguei. Gozava com as pessoas que levavam as coisas na Internet demasiado a sério. Que não eram capazes de rir de um mundo repleto de ironia, sarcasmo, humor negro e cinismo.

Até que me apercebi que caí em mesmo nesse erro. Em muitas coisas a Internet, e para mim principalmente sob a forma do Facebook, é o único espaço onde ocorre interacção com algumas pessoas. E toma proporções assustadoras, porque efectivamente substitui a realidade. Ao ser o único local onde ocorre interacção, as acções que lá se verificam passam a ser "reais". Têm consequências na vida real. Fico a dormir pior porque pessoa A ou B fez X ou Y no Facebook.

E quando isto acontece, é sinal que é preciso cortar e cair na real. Deixar as coisas arrefecerem, colocar tudo em perspectiva e começar de novo, mais tarde, quando a cabeça for capaz de lidar com isto novamente.

Daqueles dias...

Hoje é daqueles dias.

É segunda feira e estou cansado. Não só fisicamente do fim de semana (como é normal), mas de cabeça. Estou cada vez menos "cá". Tenho trabalho à frente e o know how para resolver os problemas, mas não tenho vontade nem capacidade de concentração. Entre o facebook, fóruns e coisas que num determinado minuto me interessam mais que a janela do Visual Studio, estou sem conseguir adiantar o meu trabalho. O pior de tudo é sentir que não consigo pensar numa solução para fazer isto.

Arg. Ainda faltam 38 dias...

Alive 2010

E assim se passou a 4ª edição do Alive. Tendo assistido a todas até agora, esta última não foi a mais forte de que tenho memória.

Teve bons concertos, sim. Alice in Chains foi fenomenal. Faith no More gostei mais do que esperava, visto que nunca fui o maior fã da banda. La Roux correspondeu às expectativas, Gossip manteve o nível a que me habituou. E finalmente vi (parte de) Kasabian e gostei :D

Mas o resto dos concertos foram um bocado mornos. As bandas pareciam estar com menos energia do que o que me lembrava delas. Pearl Jam deu um concerto para os fãs, o que é totalmente certo, visto que estavam lá alguns 45000 deles. Mas achei o concerto morno...

Manic Street Preachers e Skunk Anansie não gostei. Foram bandas que ouvi muito há 10 anos atrás e a sério que tentei gostar dos concertos, mas simplesmente não é a mesma coisa. É por isso que não sou capaz de ir ver concertos de reunião de bandas antigas. Se não as ouço agora, é por uma boa razão. E nessa altura é mais dificil para mim apreciar um concerto, a não ser que ele seja mesmo fabuloso. E estes não foram.

É a cena de não me agarrar ao passado. Vamos em frente!

Julho

Quero escrever mas não sei o quê. Acho que é a terceira ou quarta vez hoje que tenho a janela do blog aberta para escrever. Por isso, agora que são 3 da manhã, vou parar de pensar e escrever só o que as mãos quiserem que saia. Afinal de contas é mais ou menos o que faço na guitarra quando quero esvaziar a cabeça e deixar os problemas para trás. Escrever e tocar não é assim tão diferente. São formas de expressão.

Estamos em Julho. Wow. O tempo lá vai passando, uns dias mais depressa outros mais devagar. Uns dias sinto-me afogado no meio de todos os entraves e problemas que aparecem, noutro dia parece que os consigo resolver com um estalar de dedos.

Há uns dias comecei a "planear" finalmente os próximos tempos. Está entre aspas porque, não indo de férias, não tenho um timeframe no qual preparar as coisas ao milímetro. Portanto vai em pinceladas gerais. Procurei alguns centros de escalada perto de onde prevejo poder ficar, alguns hostels onde posso ficar nos primeiros tempos, informação sobre o que fazer quando lá chegar para poder procurar trabalho, sítios onde possa ir para ver concertos, conhecer gente e começar a tocar... Esse género de "planos". O importante é que assim sinto-me menos inútil, menos vazio. É bom.

A todos os que me ajudaram ao estarem presentes, mantendo-me focado em qualquer coisa, por mais ausente que a minha cabeça possa estar ou ter estado, muito obrigado. A todos os outros, os que sucessivamente adiam a sua presença pensando que "não faz mal, para a semana também é dia", lembro apenas que está para breve uma altura em que para a semana não vai dar. E que terei pena se em tantos meses não conseguir pelo menos estar uma vez com as pessoas de quem tenho saudades. Admito que posso não ter sido explicito em pedir ajuda, mas fez-me impressão que da única vez que o fiz com as palavras todas não a recebi e bastava uma presença amiga.

Oh well...

A História não se repete nunca, mas é incrivelmente cíclica.

Friends vs. How I Met Your Mother

A conselho da Ana, comecei a ver Friends como forma de passar o tempo durante o deserto de séries que é o Verão. Sim, é uma sitcom de referência que eu (vergonhosamente) nunca tinha seguido. Os actores são fabulosos e já me deram algumas das maiores pérolas de comédia que me lembro nos últimos tempos.

Inevitavelmente a série é comparada com How I Met Your Mother, especialmente por ter servido de inspiração a esta última.

Apesar disso há uma coisa desde o início de Friends que me incomoda. Até pelo menos ao final da segunda temporada (que é onde estou neste momento), todas as personagens são aquilo que em americano genérico se designam por... "Losers". Todos sofrem de falta de confiança. Todos falham em praticamente tudo o que fazem. Tanto profissionalmente como a nivel de relacionamentos. E é uma coisa que eu gosto muito em How I Met Your Mother. Apesar de todas aquelas peripécias, as personagens têm confiança e a história dá muitas, muitas voltas mas há sempre a sensação de que vai acabar bem.

Prefiro esta última. Identifico-me mais com isso. :)

O que acontecerá

... a uma pessoa que tinha uma vida ocupada se a apatia do dia a dia se tornar uma forma de estar natural? Conseguirá recuperar dessa melancolia para voltar a ser o que era?

Definitions

Reminiscence:

Main Entry: rem·i·nis·cence

Pronunciation: \-ˈni-s^ən(t)s\

Function: noun

Date: 1589

1 : apprehension of a Platonic idea as if it had been known in a previous existence

2 a : recall to mind of a long-forgotten experience or fact b : the process or practice of thinking or telling about past experiences

3 a : a remembered experience b : an account of a memorable experience —often used in plural

4 : something so like another as to be regarded as an unconscious repetition, imitation, or survival

So today is reminiscence day...

Não posso parar de ouvir música. Ela faz parte da minha vida. Não falo desta música em particular. É muito provável que todas as músicas que eu já tenha ouvido ao longo da minha vida me despertem uma memória de alguma situação, pessoa, conversa ou sensação.

Depois há um leque relativamente grande de músicas que me fazem lembrar ao mesmo tempo momentos muito felizes e outros muito dolorosos. Mas não interessa. Ambas as sensações são sinais de que estamos vivos e estando vivos andamos em frente. É assim que as coisas são. E não é por causa disso que deixarei de ouvir grandes músicas que me marcaram. Elas já fazem para sempre parte da banda sonora da minha vida.

Momentos de desespero interrompidos apenas
pela beleza da tua voz, que é música nos meus ouvidos.
Estás desaparecida há demasiado tempo
E esqueci-me onde estás, não sei onde te procurar
Sei que estás para trás, espero que estejas à frente
O que posso prometer é que não estás a meu lado
Volta, doce ilusão de felicidade.

Countdown

Para quem anda a seguir isto (portanto para as duas pessoas que lêem disparates meus), gostaria de direccionar a vossa atenção para o relógio em contagem decrescente que está aí um pouco mais acima na página (isto se lerem este texto antes do dia 17 de Agosto).

Aquele relógio faz a contagem decrescente para as 18 horas do dia 16 de Agosto de 2010, que será o instante em que pela última vez vou passar o cartão no relógio de ponto da empresa.

Defini esse dia como ponto de viragem porque os dias seguintes serão dedicados a juntar as minhas coisas e a fechar o que tiver pendente para partir para Londres. Nessa altura estarei fisicamente em Portugal, mas já será com um estado de espírito totalmente ausente.

Cumprirei assim a minha promessa de partir no espaço de um ano desde que tomei a minha decisão em Novembro de 2009.

This is the place...

...where dreams, hopes and the future go to die.

Não foi sempre assim. E tenho esperança que não seja assim durante as próximas 10 semanas. É que parecendo que não, 10 semanas ainda é tempo. E se uma semana sem nada para fazer já custou, nem quero pensar nas próximas.

Não posso sair daqui desanimado. Já vai ser um desafio em condições normais, quanto mais a sentir-me desanimado e inútil. Mas para ser justo fui avisado que isto poderia acontecer. Agora preciso de me ir entretendo com o que puder. Estudar alguma coisa era bem pensado, para dizer a verdade. Se calhar meto-me a fazer isso.

Falsa partida

Por umas horas pensei que ontem seria capaz de reentrar no jogo. Fiz a minha parte correctamente até onde me era possível fazer e fiquei pendurado.

Ao aperceber-me disso continuei sentado à espera de algo que não chegaria. Mas a minha cabeça já não estava no jogo. A cada pessoa que passava só via quem eu realmente queria que aparecesse. E não era a pessoa com quem tinha combinado.

Ainda não estou pronto. Ainda tenho um caminho longo a percorrer.

Post aleatório

Já passou um bom bocado desde a última vez que escrevi aqui. Bah, na realidade foram 10 dias, acho. Mas pareceu-me muito mais. Tenho coisas para escrever que não me convem muito meter online. É para isso que vou usar o livro azul. Mas não queria só escrever coisas para que ninguém lesse.

Estou, portanto, uma confusão.

Faltam 88 dias. É horrível contá-los assim um a um, mas não estou a ser capaz de me manter concentrado no que quer que seja do presente.

Nunca mais...

Rollercoaster

A minha vida nos últimos 7 meses é uma montanha russa. Sobe, desce, faz rir, faz gritar e no final volta ao ponto de partida.

Estou pronto para mais uma volta. Vamos a isso.

Conhecidos e Desconhecidos

Este fim de semana vi-me, pela primeira vez em algum tempo, numa situação em que não conhecia a maior parte das pessoas presentes. Vulgarmente conhecido por "festa de aniversário". Foi uma tarde/noite bem passada e deu para perceber que ainda me sinto em casa no meio de pessoas que nunca vi ou com quem nunca falei, desde que haja uma base comum qualquer para conversa. E felizmente sinto-me à vontade em temas ou em experiências de vida suficientes para me integrar relativamente bem.

Fez-me também ver, no entanto, a preciosidade que é conseguir manter uma relação de amizade com alguém durante um periodo de tempo considerável. A não ser que essa pessoa seja realmente especial, a tendência é para que ao final de algum tempo se tropece em alguma desilusão e a amizade comece a esticar até as coisas se resolverem ou até estalar e partir.

Dá para dar mais valor aos grandes amigos que tenho. Às vezes preciso de ser lembrado disso.

...

So... where to now?

Post diferente

Hoje é dia de post materialista!

Nos últimos dias fiz duas aquisições. O layout material do meu quarto está a mudar, com a venda de um par de guitarras e de mais material que está parado e que podia render uns tostões à medida que me preparo para viajar.

No sentido inverso (o sentido que doi mais na carteira) veio um blackberry para substituir o meu velho 6630 que depois de vários anos finalmente deu o berro e deixou de carregar a bateria. Para já tenho a dizer que estou fascinado. Finalmente um smartphone a sério, ainda para mais agora que bloquearam facebooks e afins no trabalho. Posso continuar a combinar as horas pós-laborais como fazia e agora sem ter que consultar vários sites diferentes. Além de poder resolver no minuto aquelas apostas estúpidas que fazemos no bar sobre trivias completamente inúteis.

E ontem chegou a minha Polaroid. Não, não uma das câmaras antigas. Eu matava para poder arranjar uma dessas, se conseguisse encontrar um caixote grande com filme para ela. É a Pogo, ou seja, a impressora portátil que se liga à máquina fotográfica para imprimir em 1 minuto uma foto, num formato pequeno e autocolante. Vai ser perfeita para poder documentar bem o tempo que estarei fora :)

Bem... e assim cedi ao meu lado materialista para levantar o meu espírito. Também tenho destas coisas.

E lentamente os dias vão ficando maiores. Estão temperaturas melhores, dias de sol e já dá para ir passear ou correr ao Paredão de Cascais, escalar aos sábados de manhã e sair para o Bairro mais à vontade nos dias que restam em que não é preciso ir trabalhar na manhã seguinte.

O dia de hoje está a correr bem. Pode ser um sinal que vem aí uma reviravolta. Ou que ela já chegou. Vamos lá a aproveitar isto, digo eu para mim. Cá me deixarei ir na onda, pois por agora é a única maneira que sei de avançar :)

Ontem comecei a sentir que estou há tempo demais em Cascais. Ainda não tinha sentido os efeitos de "deixar de viver sozinho", mas realmente começo agora a ver que é um problema real. Não percebo muito bem o que aconteceu aqui. Era suposto estar rodeado de um punhado de gente que se dá bem e em poucos meses apenas tudo isso se desvaneceu.

Será que sou eu que na realidade era a pessoa que fazia a ligação? Aquela que pegava no telefone e combinava as coisas? E que agora, com este apagar da minha capacidade de iniciativa, simplesmente deixou de se combinar o que quer que fosse? Eu tenho a impressão que não. Isto porque toda a gente continua a ter as suas vidas, as suas combinações.

É nestas alturas que começo a meter em perspectiva algumas coisas. O que são realmente os "amigos", os verdadeiros mesmo? Não acho que sejam sequer aqueles que estão "à distância de um telefonema". Esses são os das emergências. Os verdadeiros amigos serão aqueles que sentem a nossa falta. Que por não ouvirem notícias durante um dia ou dois reparam que há alguma coisa fora do normal e pegam no telefone para saber de nós. E que se notarem que o telefone está desligado há tempo demais ficam mesmo preocupados e não param de nos procurar até fisicamente nos porem a vista em cima e certificarem-se que estamos vivos e que recebemos a ajuda que precisamos.

Na onda das frases dos pacotes de açúcar da Nicola, digo "Um dia vou desligar os telefones e cortar a ligação à Internet". Só não digo que hoje é o dia. Quando decidir que consigo distinguir entre "sentir-me sozinho" e "sentir-me abandonado" faço uma coisa dessas. Aproveito para meter a leitura em dia, tocar muita guitarra e escrever o que me vai na alma, mas em papel mesmo.

6

Descobri (ou reparei, melhor dizendo) que começa hoje o 6º mês desde que decidi sair de Portugal. Nunca pensei que custasse tanto. Os entraves para se tentar a sorte em qualquer outro lado parece que se vão empilhando uns em cima dos outros. Está tudo virado do avesso.

E no entanto as coisas até são claras. Eu é que não as quero ver. À minha volta apontam-me várias direcções diferentes e eu fico sem saber qual delas hei-de seguir. Isto assim custa, mas aos poucos vai lá.

Mas primeiro vou é sair do buraco onde estou enfiado. Preciso de outros ares, nem que seja de Lisboa durante uns tempos.

Escolhas

Confrontado(a) com as mesmas escolhas, farias a mesma opção que fizeste antes? Mesmo sabendo o que tinha acontecido?

Normalmente coloca-se isto para frasear de um modo mais bonito e esperançoso a pergunta "estás arrependido(a)?". Nem sempre é uma pergunta académica. E nem sempre a resposta é "sim", mesmo que não estejamos arrependidos de nada. Se formos a ver bem, confrontados com as mesmas escolhas, se calhar escolheríamos um caminho diferente, mesmo não nos arrependendo do que já percorremos.

Para quem tiver dupla nacionalidade

Nunca o esqueça. Descobri ontem à noite que o meu passaporte alemão me dá uma opção de vida que o português não pode dar. E porque não abandonar isto e passar um ano a viajar?

E não, isto não é um post depressivo. É mesmo para dizer que agora sim, tracei um par de alternativas para o que vou fazer. Uma delas há-de resultar. Digamos que nesta altura tenho um plano A, B e C e para cada um deles também hei-de ter uns subplanos à medida que for preciso.

E eu tinha razão. Só havia uma pessoa que me podia sossegar o espírito. Foi o que aconteceu. Sinto-me tão, mas tão melhor :)

Ying and Yang

Hoje podia muito bem ser dos dias mais felizes da minha vida. Disto assim a seco parece exagerado, mas tenho a certeza que não é. Não depois da quantidade de tempo que tive para pensar. No entanto não consegui dormir, levantei-me sem vontade, tenho a garganta seca há mais de uma semana e não me lembro da última vez que sorri.

Diz-se que quando se pede muito, perde-se muito. É uma moral que aparece frequentemente nas histórias sob diferentes formas. A história pessoa que pede uma poção de conhecimento absoluto, mas tomá-la faz perder a sua juventude ou a pessoa que pede a vida eterna e perde a capacidade de amar, por exemplo.

Eu pedi muito. A mim mesmo, principalmente. E depois de tudo o que eu sentia que me tinha acontecido nos últimos anos, pensei sinceramente que o karma desta vez me desse crédito para o que eu tinha pedido.

Hoje, olhando novamente para a caixa de emails à espera de alguma coisa que me alegre o dia, sinto que deixei de viver. Voltei meramente a existir. Talvez um dia reencontre uma forma de viver. Não sei é quando isso vai ser.

Ou pelo menos de sorrir.

Volatile Dreams

Não é de todo fácil sentir um sonho a morrer. Parece-me mesmo que pior que isso só mesmo ver dois sonhos a desfazerem-se ao mesmo tempo.

Recebi um mail de um possível empregador em Inglaterra. Há poucos dias estava mais que preparado para aceitar com um sorriso na cara. Há pouco mais de 3 meses estaria a dar pulos de alegria.

Neste momento sinto um nó no estômago e uma estranha paralisia do pensamento. Sinto-me a morrer por dentro. Sei que vou responder para saber as condições, mas isso são detalhes. Na realidade não sei o que hei-de fazer.

Sinto que joguei e perdi. A recompensa valia muito a pena. Mas vejo agora que se calhar o risco era grande demais...

Noites Chuvosas

"Sittin’ all alone, just waitin’ by the phone

Even though I don’t expect your call

My secrets and my fears, a conversation for the years

Though I know it’s not happenin’ at all

No not all

So I see you in my mind all the time, oh, all the time

I close my eyes, we laugh, it seems so true

I’m missin’ you so much, and I’m wishin’ it was such

That I could tell you what I think of you

I think of you

Oh, I dream of rainy nights

They're floodin' up my brain

It’s hard to be so water-logged and sane

When the skies clear up I find

I’m lookin’ at your face

Knowing that I can’t have your embrace

I’ve found that with some hope it’s not impossible to cope

So I’m convinced that things will be alright

And if this is how it gets after all my dumb regrets

Then I’m just thankful that I see some light

I see some light

Oh, I dream of rainy nights

They're floodin' up my brain

It’s hard to be so water-logged and sane

When the skies clear up I find

I’m lookin’ at your face

Knowing that I can’t have your embrace"

Acho que nunca tinha visto uma letra de uma música que fosse tão certa para o exacto momento em que a lia e ouvia. Visto que até é uma progressão de acordes simples na guitarra, se eu soubesse escrever letras se calhar teria sido exactamente o que eu teria escrito acerca deste momento.

Há muito tempo que não terminava uma relação. Também verdade seja dita que há muito tempo que não estava numa relação, mas essa conversa é outra. Bottom line disto é que pela primeira vez sinto que as coisas acabaram bem. Ainda há um longo caminho a percorrer, mas por enquanto não estou nada a sentir-me mal como me senti em ocasiões anteriores.

O detalhe mais engraçado desta letra, para mim, é a menção a Rainy Nights. Esta relação começou num dos primeiros dias que choveu desalmadamente sobre Portugal. Houve naturalmente dias sem chuva, mas a tempestade tinha-se instalado e não havia dias de sol seguidos. No dia em que a relação acabou fez sol. Faz sol há 4 dias consecutivos. A coincidência é engraçada, no mínimo.

Por melhor que tenha acabado, não posso no entanto deixar de admitir que sonho com as noites chuvosas. E repito. TODAS as linhas da letra são correctas e aplicáveis a este exacto instante.

Vale a pena ouvir o álbum todo. É de borla ;)

Descansado

Continuo cansado, mas muito mais descansado. Isto porque o que me aconteceu foi ter apanhado mononucleose.

Pois é, depois de vários anos a fugir a isso não sei bem como, eis que apanho a doença do beijo mesmo no limite da faixa etária de maior incidência.

Antes isto que alguma coisa pior :D

Estou cansado. De há semanas para cá sinto-me sempre cansado. E desmotivado. Já só há um propósito que me faz levantar todos os dias da cama. Passa demasiada coisa pela minha cabeça, demasiadas preocupações e alegrias a menos.

Calmamente tento fazer com que os dias passem um após o outro, sem grande pressa, pois ironicamente parece ser a melhor forma de eles passarem mais depressa.

Desta vez os bons momentos têm data marcada para chegar. Até lá tenho ainda muito que palmilhar.

Oxalá tenha razão.

Power to Believe

Há uma música de King Crimson com uma letra perfeita. São apenas 4 linhas. Mas descrevem com exactidão o que sinto.

«She carries me through days of apathy
She watches over me
She saved my life, in a manner of speaking
When she gave me back the power to believe»

Acredito que não há coincidências. Mesmo não havendo um destino traçado ou algo a dirigir o nosso rumo, tudo o que acontece tem uma razão de ser nem que seja pela nossa habilidade de encaixar as coisas na nossa vida.

Ena... já passou um mês desde o meu último post. Ao passar a ser o passageiro da minha vida, não fazia ideia de que ia ser conduzido por este caminho. Mas está a ser um excelente caminho :)

Obrigado por tudo! Mood actual: (muito) eufórico!